Cristian Lima
Cristian nasceu no ano de 2002 em Belém do Pará. É poeta e estudante; desde jovem observava seus pais lendo grandes obras de populares nomes da literatura como o romântico Castro Alves. Se encantou com poesias no segundo ano do ensino médio. Seus versos mantém grande musicalidade com rimas ricas e palavras consideradas por alguns leitores como "difíceis". Sendo um bom poeta, o mesmo não costuma explicar seus poemas.
"Todos estes à minha volta
A minha mente os escolta
Eu escuto seus segredos
Até mesmo seus medos
Eles todos, meus amigos
Mas os que negam, inimigos
São tristes e solitários
E não consigo ajudá-los
Pois não sou melhor que eles
Todo o mal habita neles
Mas no fim, sou a única que vê
Todos esses que me circundam
Vejo que são tristes, mas enfim
Talvez o mal resida em mim"
— Atualmente seus textos encontram-se vivos na plataforma wattpad, site e app de escritores independentes. Sua obra "POESIAS E POESIAS" já passou da marca de 2 mil leituras no site.
"Poesias de todos os tipos e gêneros. Não necessariamente precisa-se explicar o que você, leitor, vai encontrar nesse livro. Sempre gostei de rimar e escrever, então uno os dois e faço poesia."
Tivemos um pequeno bate-papo com o autor. Segue abaixo a entrevista:
1. Atualmente seu livro "Poesias e Poesias" já alcançou mais de 2 mil leituras e 900 votos na plataforma livre de escritores Wattpad. No início qual foi a maior dificuldade para encontrar leitores?
R - "Na verdade, eu não tive dificuldade. Quando eu baixei o Wattpad, eu tinha já tinha um acervo de poesias. E então várias pessoas começaram a ler e eu fiquei surpreso. Alcancei o ranking de 8 na categoria de Poesia. Mas é bem difícil manter isso por muito tempo. Mas isso ajudou bastante a trazer leitores. Eu também não me preocupo muito em chamar gente para ler."
2. Por que "Poesias e Poesias" como título da obra?
R - "A ideia era que houvesse dois tipos de obras, a poesia com métrica e musicalidade e aquelas que não se preocupasse menos com isso e mais com os sentimentos e o significado."
3. Reparamos claramente que você conserva grandes estruturas da poesia como o Soneto; o grande poeta Vinicius de Moraes, mesmo no modernismo, fez a mesma coisa que você! Isto é: Sempre manteve a musicalidade nos poemas.
Sendo que estamos na literatura contemporânea, onde não "precisa" mais de métrica, rimas e foi quebrado a arte pela arte; o que te leva a escrever de maneira tão elegante?
R - "Eu comecei o 2° ano do ensino médio estudando Parnasianismo, Simbolismo, as poesias Gregorianas. E eu sempre gostei demais disso. Para completar, esse estilo era o favorito da minha professora de literatura. Como eu gostava dela, eu quis impressionar ela fazendo o meu próprio, mas aí com o tempo eu fui ficando melhor e acabei gostando."
4. Qual seu poeta favorito?
5. Futuramente teremos um livro físico publicado pelo Cristian?
R - "Sim, eu ainda pretendo fazer isso, mas por enquanto isso continua no papel."
6. "O poeta é um fingidor", Fernando Pessoa. Concorda? Por quê?
R - "Isso é uma verdade, no entanto, não em todo caso. É possível o poeta esteja realmente triste, porém, não como ele mesmo descreve em seu poema. Pode ser até que o sentimento em si, até o próprio eu lírico inexistam. Mas também pode haver quem escreva o que realmente sinta."
7. A poesia na plataforma wattpad vem crescendo cada vez mais. Isto é um avanço para o gênero na literatura! Você acha que isso se deve por esta ser a geração marcada, por muitos, como "melancólica" ou "romântica"? Ou só pelo motivo de os e-books estarem disponíveis em uma plataforma online e que todo mundo pode procurar e ler o gênero que mais gosta?
R - "Pode-se dizer que a facilidade com que se consegue ler um livro hoje em dia possa ajudar no processo de acessibilidade à arte, mas também não é segredo que sempre existiram dois polos dominantes que fizeram e fazem muito sucesso. O polo romântico, e o polo melancólico. E isso tem a ver a identificação do leitor com o sentimento proferido, mas no meu ver, esse ampliação do gênero tem muito mais a ver com a facilidade proporcionada pela tecnologia, mesmo."
8. Para você, é possível viver de arte nestes tempos modernos?
R - "A definição de arte é bem complexa. Se consideremos música, uma arte, e funk, música, podemos dizer que é bem fácil sair da pobreza criando uma música e jogando-a na internet. Mas acho que se tratando de literatura, acho que é necessário ter sorte e manter sempre a cabeça funcionando. Vender um livro é sempre bom, mas você sempre vai precisar criar outros e não pode ficar muito tempo parado. Ou seja, é uma tarefa para aqueles que se mantém sempre inspirados."
09 - Em qual período literário você acha que mais se encaixa? (Te colocaria em uma especie de neo-parnasianismo)
R - "Talvez. Falo de muitos temas."
10. Qual sua definição de cultura?
R - "É uma resposta interna humana para os elementos da natureza e os almejos e perguntas mais primordiais. Os primeiros seres humanos podem ter olhado para uma selva hostil e tido uma percepção única em cada local do mundo. Desta forma, cada tribo ou comunidade desenvolveram crenças, ritos e costumes diversos, além da própria arte, que por si só, responde a um instinto de busca pela felicidade como diria Friedrich Nietzsche: "Temos a arte, para não morrermos da verdade".
Agradecimentos
Grato pelo bate-papo, poeta! Almejamos, aqui no site, em breve resenhar a versão física de tua obra. Mais inspiração e talento sempre.
Uau, adorei entrevista - Parabéns, espero tenha mais ;)
ResponderExcluirQue bom que gostou!!
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